Estratégia

A revitalização da economia da capital é de sobremaneira importante para que os lisboetas e os portugueses se sintam confiantes para ambicionarem maior estabilidade e progresso. 

A economia global, assim como a economia europeia, ficaram marcadas por um início de século turbulento, com uma pandemia e uma guerra que enfraqueceram milhares de empresas e empregos em Lisboa, peça essencial na fonte de riqueza do país. Lisboa precisa de continuar a apoiar os comerciantes e pequenos empresários dos setores que sofreram o maior abalo provocado pela pandemia. Mas Lisboa tem hoje de ser um ponto onde aqueles que mais fazem crescer a cidade, a sociedade, possam livremente e rapidamente abrir as suas atividades, diminuindo a burocracia e aumentando a informação digital. 

A cidade tem hoje de olhar para o futuro, perceber onde está a riqueza, e apostar na formação e captação de talento altamente qualificado capaz de dinamizar a cidade através do seu negócio próprio, através de uma ideia, de uma carreira executiva de sucesso ou parte de uma missão de economia social capaz de dar espaço aos lisboetas para sonhar.

Redescobrir os incentivos ao crescimento económico nos dias que correm passa necessariamente pela redefinição de todo o modelo de desenvolvimento económico que se pretende para Lisboa. A cidade tem de ser mais do que um ponto de passagem. A criação de um ambiente verdadeiramente atrativo do investimento, que crie um balcão único para empreendedores ou que permita uma verdadeira troca de experiências entre empresas de alta competitividade — incluindo municipais — capaz de reter e atrair talentos, capital e empresas. O objetivo é tornar Lisboa mais competitiva no universo das capitais europeias, um verdadeiro polo de atração de investimento e de criação de valor, apostando na diversificação da sua economia e na internacionalização dos seus negócios.

O turismo é um setor estratégico no desenvolvimento económico e social de Lisboa. Pela exposição internacional que dá à cidade, permite atrair, não apenas visitantes, mas, também, novos habitantes, investidores e empreendedores, gerando um impacto direto e indireto que importa reforçar. As prioridades de Lisboa devem passar pelo desenvolvimento de uma maior harmonia com os modos de vida e tradições locais, pela promoção de práticas mais sustentáveis e de um turismo mais “verde”, e pelo aumento do valor acrescentado para a economia em termos de qualidade do emprego e de valorização do comércio local. Para esse efeito, é importante que se concretizam medidas tanto de recuperação da atividade num setor que foi substancialmente afetado pelos efeitos da pandemia, como de renovação dos negócios numa fase pós-pandémica que constitui também um motivo de esperança e oportunidade de transformação do turismo de Lisboa.