Fauna Urbana
A fauna selvagem refere-se ao conjunto de animais que vive livremente em seu habitat natural, longe da influência humana direta.
A fauna autóctone, selvagem ou silvestre, é protegida por lei em prol da sua conservação, sendo proibida a detenção destes animais por particulares, assim como a sua perturbação.
No geral, adaptada à vida em meio urbano, a fauna selvagem enfrenta aqui riscos acrescidos que podem levar à necessidade de intervenção e encaminhamento para um centro de recuperação de fauna silvestre. Em Lisboa, é o CRAS que recebe os animais silvestres debilitados, doentes, feridos ou provenientes de cativeiro ilegal e promove a sua reabilitação com vista à reintegração no meio natural.
Alguns animais que residem na cidade, apesar de viverem em estado selvagem, são considerados exóticos pois as suas populações têm origem na introdução inadvertida de indivíduos provenientes de cativeiro, que por encontrarem um habitat e clima favoráveis se conseguem estabelecer. É o caso dos periquitos-de-colar e outras aves da família dos papagaios, assim como os mainás-de-crista e as tartarugas-da-Florida. Estes animais representam um potencial desequilíbrio ecológico e ameaça às espécies autóctones, que devem ser preservadas, pelo que é ilegal soltar estas espécies no habitat natural.
Também os animais domésticos fazem parte do meio urbano e enfrentam riscos acrescidos na malha urbana para além de poderem ter impacto na fauna selvagem, por isso devem ser mantidos sob proteção e supervisão.
Se encontrar um animal ferido ou debilitado:
- Aproxime-se com cuidado, lembre-se que o animal está assustado e pode atacar
- Cubra-o de forma a privá-lo da visão, com um pano ou toalha
- Coloque-o dentro de uma caixa de cartão perfurada, com jornal no fundo
- Até à entrega, mantenha a caixa num local escuro e calmo
Se encontrar um animal saudável:
- Deixe-o no mesmo local
- Em caso de perigo para o animal (predadores, veículos, etc) encaminhe-o para um local próximo seguro
- Em caso de perigo para a população, contacte as autoridades
PSP/Defesa Animal
217 654 242
defesanimal@psp.pt
SEPNA/SOS Ambiente
808 200 520
sepna@gnr.pt
ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
213 507 900
cites@icnf.pt
icnf@icnf.pt
Pombos
Nas cidades, o equilíbrio ecológico é atingido quando o número de aves é inferior a um quinto da população humana residente. Quando este valor aumenta, está em risco o equilíbrio ecológico da espécie e a convivência com a espécie humana.
A Câmara Municipal desenvolve ações que combinam a prevenção com a correção de situações críticas:
- criação de uma rede de pombais contracetivos;
- limitação de locais de nidificação e potenciais focos de insalubridade;
- ações de sensibilização;
- intervenção para impedir alimentação indevida de pombos no espaço público;
- capturas calendarizadas;
- envio de amostras de pombos capturados para o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, para pesquisa de agentes patogénicos, incluindo vírus da “gripe aviária”.
O pombal contracetivo do Parque Silva Porto é um conceito inovador de controlo da população de pombos. A rede será alargada a todas as freguesias de Lisboa.
Objetivos:
- promover conforto, segurança e condições para nidificar, através da oferta de alimento, água e sombra, permitindo-lhes voar pela cidade e retornar ao pombal;
- garantir um lar permanente para construir os seus ninhos;
- garantir a retirada dos ovos, 2 a 3 dias após a postura, antes da formação do embrião (pombo),prevenindo mais nascimentos;
- reduzir custos, melhorar o enquadramento paisagístico e a higiene.
- transmissão de agentes patogénicos existentes nas aves;
- problemas alérgicos, quer a nível respiratório, quer outros;
- transmissão de doenças como a Salmonelose, a Criptococose, a Ornitose, especialmente a crianças, idosos e imunodeprimidos.